O Profissional de Vendas e o futuro da Empresa

Qual é o papel do Profissional de Vendas em uma Organização? A maioria das vezes que eu faço esta pergunta para uma Equipe Comercial ouço a mesma resposta: vender!
A resposta vem repleta de energia, de emoções e de razões. Percebe-se na voz do Gerente de Vendas uma certa amargura, olhando para os profissionais de seu time com cara de “tá vendo? todo mundo sabe disto!”.
Um a um, na Força de Vendas, demonstra sua insatisfação, pensando no preço do produto que deveria ser mais baixo, na concorrência agressiva, nas broncas gerenciais, nas crises econômicas intermináveis… Afinal, o papel do Profissional de Vendas é vender.
A pressão para vender é inegável. A sobrevivência passa pela venda. Sem vendas não existe negócio. Até as famílias dos vendedores conhecem bem os efeitos decorrentes desta aflição por vender.
Invariavelmente coloco outra pergunta: vender é fundamental – mas será que este é o principal papel do Profissional de Vendas? O que recebo, em contrapartida, é uma série de expressões faciais denotando surpresa, incompreensão, indignação e, por vezes, raiva. A maioria reforça a resposta original:”vender, vender, vender em primeiro lugar”.
Geralmente digo, em tom afirmativo: “Com certeza não é vender. Vender é muito fácil”. Pronto – a confusão fica estabelecida, na hora: “Como assim? Vender é fácil? Você já foi, um dia, um Profissional de Vendas? Ou é um teórico empresarial?”.
Começo, então, defender uma tese. Afirmo que vender é muito fácil – basta baixar o preço, baixar o preço, baixar o preço… até vender! Pronto. Para vender não é preciso contar com um Profissional de Vendas (normalmente peço, antes, para tirarem da sala tudo o que poderia ser lançado fortemente contra mim).
É neste momento que alguém sempre pergunta, com rispidez: “Muito bem. Qual é, então, o papel do Profissional de Vendas?”. Todos os demais ficam em silêncio, em posição de combate, lançando um olhar mortal para mim.
“O papel do Profissional de Vendas é fazer bons negócios!”, e continuo perguntando: “e o que é fazer bons negócios?”.
Alvoroço geral, seguido de profundo silêncio, até alguém dizer: “atender as necessidades do cliente”. Em seguida, alguém complementa: “é ouvir e escutar o cliente, é perguntar para compreender e para entregar o que realmente pode solucionar problemas, gerar melhorias”, “é surpreender positivamente o consumidor, o cliente, o cidadão”. Outras pessoas sentem-se encorajadas a dizer, por exemplo: “é vender com ética”, “é disponibilizar um excelente sistema de pós-vendas”, “é entregar o que foi prometido”, “é disponibilizar produtos e serviços de qualidade”, “é vender com o preço justo”, “é entregar valor para o cliente – e não preço baixo”. E por aí vai.
Normalmente abro um sorriso, saúdo a todos e encerro minha conversa parabenizando aquela Equipe de Profissionais de Vendas. Ao lembrar tais preceitos básicos, entendemos a nobre missão comercial. O futuro da Empresa depende (e muito) de profissionais. Pessoas que apresentam brilho nos olhos ao contribuir para o progresso de outras organizações, outras pessoas. E que sentem, verdadeiramente, seus clientes reconhecem o valor dos produtos e serviços que compram – clientes que entendem que o preço é justo pelo o que estão recebendo. E que podem contar, sempre, com o apoio do fornecedor para continuar crescendo, criando, inovando e realizando resultados que ajudem a construir um futuro melhor. Hoje e sempre.
Você, querido leitor, conhece pessoas, profissionais e empresas que conseguem entregar estes produtos, serviços e valores?

O que você tem feito para se transformar?

O coaching é um processo que contribui para que as pessoas e os grupos se transformem, reflitam a respeito de sua visão de mundo, de seus valores e crenças, aprofundem sua aprendizagem, incorporem novas habilidades e capacidades, expandam sua prontidão para agir de forma coerente e eficaz.
Além de dar mais clareza em relação a metas e planejamento de carreira.
O termo coaching ganhou mais fôlego de alguns anos para cá e tem se tornado, cada vez mais, fundamental para facilitar a tomada de decisões e a busca de alternativas em momentos de dificuldades ou dilemas na carreira.
O processo de coaching estimula a capacidade das pessoas de se reinventarem e encontrarem alternativas adequadas, diante do atual momento que estão vivendo.
É importante destacar que aprendemos mais pela dor do que pelo amor, ou seja, somente procuramos ajuda quando os feedbacks e os resultados sinalizam que não temos outra alternativa.
Dificilmente ou pelo menos na maioria das situações, a busca de ajuda se dá de maneira antecipada e prévia.
É muito importante saber lidar com os feedbacks, pois eles indicam caminhos de crescimento e desenvolvimento.
As principais intenções de quem busca apoio por meio do coaching são para sanar as dúvidas e inseguranças sobre qual rumo tomar na carreira, desenvolver competências e conseguir crescer na função.
Sem contar que o coaching tem um leque muito grande de benefícios, pois ajuda o profissional a ter maior equilíbrio entre a vida pessoal e trabalho, ajuda a estimular a autoestima, autoconfiança e motivação.
Além disso, o coaching pode ter um papel fundamental na saída da “zona de conforto” e no automatismo das respostas que nos damos a nós mesmos, para uma direção que vá ao encontro de saídas e alternativas que tragam um novo modo de viver.
É importante salientar que um dos passos mais importantes para o desenvolvimento profissional é o autoconhecimento e estar claro que, em todo o processo é fundamental muito envolvimento, comprometimento e vontade de realizar, pois é preciso se transformar e construir um novo modo de viver, pois sem mudança não há transformação.
E você tem buscado mudar algo em você para ser ainda melhor?07

O que acredito ser meu fim, a finalidade de minha existência?

Como tenho partilhado nesse espaço corporativo, tenho buscado escrever sobre o que acredito ser a essência da vida. Creio que tudo é “meio”, ou seja, meu estudo, meu trabalho, minhas atividades, meus compromissos. Esclarecendo um pouco melhor, o meio para obter uma boa colocação em meu trabalho é a dedicação de meu tempo em estudar, conhecer, inovar, etc. Como meio a obter uma remuneração justa é necessária dedicação, humildade, determinação, obediência, etc. Acredito que todos tem um “fim”, que é responsável pela nossa direção e bem maior. Sendo assim, qual é a minha direção, qual o meu norte, aquilo que justifica a minha existência?
Há alguns anos realizei uma experiência inesquecível que possibilitou me orientar com relação ao que estamos aqui partilhando. Nessa oportunidade tive a oportunidade de conhecer uma metodologia de orientação espiritual que confesso mudou a direção de minha vida. A atividade consistia em permanecer em silêncio por três dias em um Mosteiro, obtendo assim, uma experiência espiritual para leigos. Nessa ocasião o ápice desse encontro tratava do encontro pessoal com Deus. Foi uma oportunidade incrivelmente edificante que mudou a minha vida.
Foi nos apresentado como exercício a experiência de meditar a visão de Jesus Cristo com relação a tudo. Peço agora que vocês imaginem, como que, os quatro pontos cardeais ( norte, sul, leste e oeste) e no centro coloquem o nome de Jesus, ou seja, como Ele se relacionaria com essas condições.
Identifiquem então na posição norte, “Deus”, na posição leste “as pessoas”, na posição oeste “consigo mesmo” e na posição sul “as coisas”. Ou seja, considerando-se Sua presença em nosso meio, qual era a relação que Jesus mantinha com Deus, com as demais pessoas, consigo mesmo e com as coisas.
Jesus pelos escritos nos evangelhos tinha uma relação de filho com Deus, o chamando e tratando-O como Pai. A Presença de Deus era a sua espinha dorsal e demonstrou com Ele a confiança, humildade, respeito e amor Nele. A todo instante era mencionado a real e total dependência em Sua Vontade.
Enquanto em nosso meio, relacionava-se com outras pessoas e demonstrava respeito, carinho atenção, propiciando o conhecimento da Verdade, curando, libertando, orientando, ou seja, agindo e procedendo como um verdadeiro irmão. Também tinha cuidado consigo mesmo, buscando orientações com o Pai sobre o que fazer, cuidando em manifestar o Amor, bem como, a atenção consigo mesmo. Por outro lado, tinha uma relação com as coisas, não tendo a ocupação em “ter” as coisas e sim a “usá-las”. Exemplos disso são frequentes, na travessia dos mares (utilizando-se dos barcos), na utilização da sala na última ceia com os discípulos, na utilização do jumentinho para sua entrada em Jerusalém, etc.
Trata-se de um modelo exemplar de ocupação com seu tempo, de seu fim. Agora trago uma reflexão a vocês, olhando esses mesmos pontos: como você se relaciona com os mesmos tópicos? Como está sendo seu comportamento com cada figura desse gráfico? Quem é a sua espinha dorsal, a quem você realmente tem por Deus e verdadeiramente respeita e é obediente? Como você se relaciona com os outros? Como é seu relacionamento consigo mesmo? Qual é sua postura com relação com as coisas? Ou seja, quem está no topo de sua vida e é seu fim?
Reflita nesse momento quem ocupa o ponto mais alto e que merece toda a sua atenção. Medite sinceramente e busque verdadeiramente o seu fim. Esses minutos de silêncio mudarão a sua vida e creio que será vital para responder essa pergunta. Boa meditação, saúde, paz e sucesso nessa busca.

Fluxo de caixa: plantio e colheita

As dificuldades na gestão do fluxo de caixa expressam, sempre, a contrapartida das ações estratégias e operacionais definidas pela Direção das organizações.
A origem dos problemas financeiros decorre do processo de tomada de decisão. Quanto mais a decisão for embasada em conhecimento, informações e fatos, menor a probabilidade de dissabores que afetem negativamente o caixa.
Pagamentos são consequências das compras de produtos e serviços, bem como em pagamento de impostos, encargos e parcelamentos de dívidas. Depois da aquisição, só nos resta pagar. Assim sendo, convém investir em sistemas de informações gerenciais que, efetivamente, sejam utilizados inteligentemente pelos gestores nos processos decisórios.
Um exemplo disto é a rotina de aquisição de matérias primas em uma indústria (ou mercadorias em um estabelecimento comercial). Se o controle de estoques da empresa for precário, compras desnecessárias ocorrerão. Como consequência, teremos problemas de caixa.
Outra questão essencial é a análise cuidadosa do fluxo de entradas e saídas de caixa. Muitas vezes o negócio parece bastante lucrativo – porém apresenta-se, na prática, inviável sob o ponto de vista financeiro. Se as vendas são sempre realizadas com prazos de pagamento muito grande (tipo 0/30/60/90/120/150/180 dias) e as compras de mercadorias são feitas em grande escala, com baixo preço de custo – mas com pagamento à vista (ou com 30 dias, no máximo), o negócio só vai prosperar se a empresa trabalhar com expressivo capital de giro. Ou descontando antecipadamente os recebíveis, pagando taxas de juros muito baixas (o que é quase impossível na realidade econômica atual do nosso país).
A possibilidade de lucro alto acaba iludindo o empreendedor pouco preparado. É fundamental analisar cuidadosamente a capacidade de gerar caixa para honrar os compromissos financeiros até a realização efetiva da lucratividade.
O destino comum destas empresas é buscar recursos em bancos, em factorings ou, até, com parentes e amigos. A partir deste momento é necessário honrar os pagamentos decorrentes da operação do negócio e do endividamento assumido. E aí o desespero toma conta, provocando derrubada nos preços de venda – o que agrava ainda mais a situação.
Outras intercorrências contribuem para complicar o dia-a-dia: crises econômicas, inflação, aumento nas taxas de juros, aumento nas taxas cambiais, novas exigências legais e ambientais, problemas trabalhistas. O resultado desta complexa relação de fatores é a insolvência – a empresa não consegue mais pagar o que deveria pagar.
Até neste momento difícil e angustiante, é necessário estratégia, organização, calma, conhecimento e informações para equacionar a sobrevivência da empresa. É imprescindível identificar as prioridades e negociar, com dada credor envolvido (governo, fornecedores, bancos e outras fontes de endividamento), renegociando prazos e condições de pagamento factíveis dentro da projeção de caixa esperada. Muitas vezes é necessário negociar um prazo de carência, gerando fôlego para reestruturação e reorganização do negócio (sistemas de controle, processos de trabalho, adequação de recursos e pessoas).
A partir deste momento, um novo plano de negócios deve ser definido, implantado e realizado, levando em conta o ambiente dos negócios e as condições internas da organização, visando o correto dimensionamento da estrutura física, tecnológica, financeira e humana que garanta o sucesso da operação em novas condições. Caso contrário, todo esforço de negociação será em vão, frustrando todo e qualquer talento empreendedor.

Você tem se preparado para as mudanças?

Vivemos em um mundo em plena transformação no qual o passado, o presente e o futuro nunca estiveram tão próximos. É a era da informação, da tecnologia e do conhecimento. Nessa fase, o profissional de sucesso deve fazer uma reciclagem diária sobre seus conhecimentos e sobre as suas funções dentro de uma empresa, e como precisamos estar com nossos conhecimentos atualizados. Viver em tempos como estes exigem do profissional o seu melhor, ou seja, fazer a diferença. E o que isso significa: adquirir novos conhecimentos, aprimorar-se, cuidar do visual, da saúde, e zelar por sua idoneidade são algumas características que ele deve possuir.
Por outro lado, as empresas estão cada vez mais exigentes em relação aos seus colaboradores, procurando por pessoas dinâmicas, com boa formação, experiência, quase completas. Hoje em dia, não basta cumprir os requisitos técnicos para determinada função, muitas vezes, o fator comportamental definirá a sua permanência ou não no mercado de trabalho.
Muitas vezes perguntamos quais requisitos precisamos ter para ser um bom profissional? E muitos são os artigos que podemos ler para saber sobre essas questões, mas ressaltarei aqui um pouco do que diz Jeff Haden:
1. Afinidade com a empresa – Partilha os objetivos da empresa, e por isso sente que os sucessos da empresa são os seus próprios sucessos;
2. Ambição – Um bom profissional ambiciona ir mais além na sua atividade;
3. Automotivação – Não espera estímulos externos para desenvolver a sua atividade. Não necessita de motivação contínua;
4. Autonomia – Tem iniciativa própria; não espera que as coisas aconteçam. Para além disso, planeja as suas atividades;
5. Comunicação – Um bom profissional sabe exprimir as suas ideias. Tem a capacidade de se fazer entender;
6. Cumprimento de objetivos – Estabelece e compromete-se com objetivos, e faz tudo o que pode para cumpri-los. É orientado para os resultados;
7. Flexibilidade – Procura adaptar-se a mudanças, que encara como oportunidades, e não como ameaças. Está aberto a desafios;
8. Inovação – Procura apresentar novas ideias. Procura ser criativo e encontrar novos métodos de trabalho;
9. Integração – Procura integrar-se no espírito da empresa, procura assimilar a cultura e valores da mesma;
10. Trabalho em equipe – Gosta de trabalhar em equipe. Não se importa de ajudar os outros (embora não descuide de seu trabalho);
11. Sabe gerenciar o tempo – Define prioridades, e não “perde” o seu tempo com questões pouco importantes.
Portanto, educação, inteligência, talento e habilidade são características importantes para um bom funcionário. O profissional de sucesso mantém uma rotina de leitura, observações e estudos sobre sua área de atuação e acompanha de perto as novidades tecnológicas de sua profissão. Interessa-se pela empresa em que trabalha e demonstra isso no seu cotidiano ao envolver-se ativamente em sua dinâmica e na busca do cumprimento das metas organizacionais. E você tem cuidado da sua empregabilidade?

Como estou atuando em minhas ações?

Continuamos a atravessar momentos difíceis. Nessa semana tivemos a constatação através das mídias em geral, quanto a triste realidade de nosso país. Estamos enfrentando momentos críticos, turbulentos, onde o reflexo é generalizado. Altos níveis de desemprego, desvios e faltas de recursos em geral, ausência de perspectivas, desânimo, incertezas, enfim, estamos colhendo o resultado de escolhas muitas vezes não tratadas de forma adequada. Todos estão se adaptando a essa grande transformação e buscando alcançar tempos melhores e mais abundantes. Estamos em construção, cada um de nós deve se conscientizar disso. Nada acontece por acaso e acredito que se faz necessário, para que possamos evoluir e crescer. As lições aprendidas até então, nos ajuda e ajudará a melhorar nossas atitudes, nossas ações efetivas.
Costurando tudo o que temos conversando nesse espaço corporativo, podemos hoje refletir sobre nossas atitudes com relação ao contexto do que estamos experimentando e evoluindo. Como estou atuando em minhas ações? Como estou me posicionando em relação a tudo e a todos à minha volta? Parece simples, mas tenho observado que muitos estão se posicionando de forma equivocada. Creio ser necessária a conscientização de nossos comportamentos, possibilitando melhorar nossas relações e resultados.
Com tantas atividades diárias, tantas obrigações, temos que nos posicionar satisfatoriamente e buscar o melhor em todos os sentidos. Aprendi que temos três opções a seguir e temos que ter consciência efetiva sobre isso e as praticar, frequentemente. Creia, isso ocorre constantemente e temos que ter toda a atenção em todo tempo.
Muitas vezes temos a tendência a nos colocar na posição de “salvador”, ou seja, somente nós poderíamos resolver essa situação. Trata-se de uma atitude muito nobre, mas de difícil realização, uma vez que é praticamente impossível fazermos tudo sozinho. Como disse anteriormente, somos interdependentes e sendo assim dependemos um do outro. Ou seja, deve haver bom senso para que não assumamos um papel muito maior do que poderíamos assumir ou que tirássemos a oportunidade de outros se envolverem para também possibilitar o sucesso nessas situações. Essa opção é estressante e convenhamos dizer, praticamente impossível. Sendo assim, tomemos a atenção ao pensar em agir dessa maneira. Devemos nos ocupar em permitir que todos estejam envolvidos nela,
Do outro lado, encontramos a posição de “vítima”, ou seja, muitas vezes buscamos justificar o que foi ou está sendo realizado. Aprendi que nessas situações, temos que nos posicionar de forma positiva e estudar a busca de soluções efetivas. Como diz um antigo ditado “se a vida lhe der um limão faça uma limonada”. Conta-se que um respeitável empresário, no início de sua carreira, teve um fracasso inicial em seu negócio. Sendo assim, admitiu o erro cometido e pensou o que poderia fazer para reverter a situação. Aceitando seu erro, corrigiu o que havia dado errado e conseguiu recuperar o negócio, crescendo muito a seguir.
Agora gostaria de refletir com vocês a condição central que mencionei acima. Entendo que essa é a melhor de todas e a mais gratificante. Trata-se do “servir”. Nessa condição exercemos a autoridade e nos colocamos a serviço para que tudo seja feito da melhor maneira possível, possibilitando que todos possam ser tocados por essa atitude e ajam da mesma forma.
Tenho consciência de que não escrevi nada novo, mas acredito que muitos de nós nos esquecemos disso em nosso dia a dia. Sendo assim, como estou me posicionando quanto às minhas ações e atitudes? Vale a pena refletir, saúde e paz a todos.

O que sua empresa tem comparável a escola de samba?

Nessa semana, saímos de uma festividade bastante comemorada por muitos brasileiros, o carnaval. Quando reparamos essa festa associada ao mundo corporativo, podemos gerar algumas reflexões e aprendizados.
Além de esbanjar alegria e samba no pé, os carnavalescos precisam seguir regras rígidas que serão analisadas por uma comissão julgadora. No desfile do Rio, o maior do país, as escolas de samba são avaliadas por 40 jurados escolhidos pelo presidente da Liga Independente das Escolas de Samba. Esses jurados são divididos em grupos de quatro para cada um dos dez quesitos avaliados. Nas empresas de modo geral, somos avaliados pelas nossas atitudes e pela nossa performance. O bom humor é uma competência bastante analisada quando fazemos uma entrevista e acompanhada se somos de alguma forma um profissional que contribui para que tenhamos um bom ambiente de trabalho. Os nossos resultados são avaliados de maneira formal e informal ao longo do tempo que permanecemos trabalhando.
As regras determinam, entre outras coisas, que o desfile deve durar de 65 a 80 minutos (desconta-se 0,2 ponto por minuto a mais ou a menos). A bateria tem de ter pelo menos 200 ritmistas e a ala das baianas, 100 integrantes (a escola perde meio ponto em cada quesito se esses números forem menores). Devem desfilar de cinco a oito carros alegóricos e a comissão de frente precisa ser composta por dez a 15 pessoas (mais ou menos que isso vale 1 ponto a menos em cada item).
Uma falta grave é desobedecer ao item que proíbe mestre-sala, porta-bandeira, mestre de bateria, puxador e comissão de frente de participar de outro desfile, mesmo fora do estado. A mancada pode tirar até 2 pontos da agremiação e suspender o infrator por três anos.
Nas empresas de modo geral somos direcionados por regras, procedimentos, metas e objetivos. Somos também direcionados pelos números que temos que alcançar, considerando o quadro de funcionários que está determinado e que a cada dia somos desafiados a fazer mais resultados com menos recursos. A liderança, ou o responsável pelos projetos muitas vezes, são a comissão de frente que ditam como às coisas devem acontecer e será que esses estão preparados? Somos direcionados pelas regras e se essas não forem cumpridas, podemos ter às respectivas penalidades.
Além de tudo isso é muito importante que haja sincronia da bateria, pois é observada a manutenção da cadência da bateria, além da harmonia dos sons dos instrumentos. Geralmente, os instrumentos leves (tamborim, agogô, pandeiro, cuíca) vêm na frente dos pesados (caixas e surdos). Na empresa temos que analisar quais situações e tarefas vem primeiro que a outra para que tudo seja entregue da melhor forma possível, como menor tempo, realizado pelas pessoas que estejam melhores capacitadas, com menor custo e que as hierarquias sejam respeitadas.
E a harmonia?
Verifica-se se os integrantes da escola acompanham o puxador do samba. Uma falha comum é o “atravessamento do samba”, quando partes da escola cantam trechos diferentes da música. Na empresa temos que cuidar da comunicação, pois todos precisam chegar ao mesmo objetivo e a comunicação entre às pessoas precisam ser eficientes. Além de ter uma liderança que determine o que precise ser feito da forma mais harmoniosa, e que acima de tudo promova um ambiente de engajamento e motivação. É muito importante se apaixonar por aquilo que faz, fazer com prazer e não apenas ser mais um trabalho que você faz para seu sustento. A emoção é passada na medida do quanto gostamos daquilo que fazemos e qual o significado que colocamos diariamente naquilo que fazemos.
Para isso é importante o conjunto, no desfile a coesão precisa prevalecer e na empresa o todo trabalhe de forma sincronizada e eficiente.
Na sua empresa, se você fosse comparado a escola de samba, você estaria finalista entre as campeãs?

Controle de Caixa e o medo de encarar a realidade

O controle de caixa de uma pessoa (ou de uma empresa) é fator essencial para o desenvolvimento. Obviamente, outros controles e análises também são fundamentais para que possamos exercer nossa missão pessoal e/ou institucional na sociedade.
No entanto, o controle exemplar de entradas e saídas dos recursos financeiros assemelha-se ao mecanismo regulador do fluxo sanguíneno no corpo humano – que irriga todos os sistemas vitais para que o indivíduo possa viver e realizar, para crescer com saúde, para contribuir positivamente com os serviços e produtos que ele tem condições de entregar.
O que temos observado em nossas atividades como Consultor e Coach em Finanças? Existe uma tendência instalada em alguns de nós que impede de encararmos a realidade financeira de frente. Trata-se de uma mistura de medo e orgulho próprio, fruto de crenças limitantes e comportamentos reativos,
Tais comportamentos são observáveis também nos consultórios médicos, quando pacientes custam a admitir a existência de uma doença e, consequentemente, geram resistências para encarar os tratamentos cabíveis.
As consequências da falta de atitude são bem conhecidas: ao invés de realizar os procedimentos curativos com tranquilidade precisamos, muitas vezes, da realização de ações invasivas, radicais e alto risco.
A experiência e o bom senso mostram que o melhor caminho é enfrentar, de peito aberto, a situação (por mais atemorizante que ela possa parecer). A importância da realização de um diagnóstico claro e preciso pode evitar consequências desastrosas, agravadas pela demora e pelo medo.
Na prática, encarar de frente os problemas de caixa passam por alguns fatores indispensáveis de análise tais como: a) considerar todas as saídas de caixa (não deixar de incluir todo e qualquer desembolso contratado ou previsto), b) adotar uma atitude conservadora ao realizar previsões de entradas de caixa e, c) identificar, com detalhes, a situação de empréstimos e financiamentos realizados, as taxas de juros envolvidas, as parcelas atrasadas e as possibilidades de negociações em cada caso.
É altamente recomendável tomar cuidado nos descontos de títulos/duplicatas a receber (as taxas podem enganar os mais despreparados), na captacão de novos recursos e em concessão de rebaixamentos exagerados nos preços de vendas de produtos e serviços (inviabilizando os negócios por falta de margem bruta/líquida nas operações).
Tudo isto requer coragem. Aliás, a vida não é viável sem esta coragem, não é mesmo?
Mensagem final: por pior que possa parecer, toda situação é possível de ser revertida – desde que o tratamento seja feito a tempo.

Como enfrentar as dificuldades?

No texto anterior compartilhamos o que consideramos ser o mais importante, o que nos motiva a acordar a cada manhã, quais são nossos verdadeiros valores. Pudemos avaliar então, o resultado de nossas escolhas, quanto ao que consideramos mais importante. Agora gostaria de partilhar com vocês, também o resultado e valor de uma atitude sensata, bem orientada e com certeza muito valiosa em momentos de extrema necessidade.
Acredito que não exista nada mais valioso que a vida concedida por Deus. Essa vida está e deve estar alicerçada pelos princípios que nos orientam e nos mantem vivos, em verdade. Como você agiria em situação extrema para garantia de sua vida? Como sempre, gostaria de compartilhar uma estória, ou antiga lenda, que com certeza poderá nos auxiliar a uma resposta.
Diz uma antiga lenda, que em uma cidade de grande porte na idade média, um homem muito honesto e temente a Deus, foi injustamente acusado pelo assassinato de uma mulher. Na verdade o responsável por essa morte seria uma pessoa influente que desde o primeiro momento, procurou esquivar-se da verdade, procurando assim, alguém que seria o bode expiatório e assim acobertar o verdadeiro assassino.
Esse homem injustamente levado a julgamento foi condenado à forca. Em seu íntimo ele sabia que tudo seria feiro para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo dessa história. Conta-se inclusive, que o juiz estava determinado por outros interesses, a efetivamente levar o pobre homem à morte. Esse juiz determinado à condenação simulou então um suposto julgamento “justo” para manter as aparências, fazendo uma proposta ao acusado, para que provasse a sua inocência.
Imagine-se nessa situação e reflita. O que você faria?
Disse então o juiz – Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar a sua sorte nas mãos de Deus. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra “inocente” e no outro papel a palavra “culpado”. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o seu veredito. O Senhor Deus decidirá seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado e os presentes percebessem, o juiz separou os dois papeis, mas em ambos escreveu a palavra “culpado”, de maneira que naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da morte pela forca.
Constata-se então que, não havia saída, não havia alternativas, para aquele pobre homem. A morte o esperava.
Permita-se agora se colocar no lugar daquele inocente homem condenado. Sem chances de se esquivar, de provar sua inocência, de manter a sua vida. O que faria diante dessa situação crítica e caótica?
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e diante dos presentes ao julgamento, mandou o acusado escolher.
Imaginem o que se passou na mente dessa pessoa. O filme que se passou naqueles poucos segundos, de sua vida honesta, sua família, seus sonhos?
Pois bem, orientado por suas convicções e no que acreditava, pressentindo uma intensa vibração, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papeis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude daquele homem dizendo – Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual o seu veredito?
Disse o homem temente a Deus – É muito fácil, basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberão que acabei engolindo o seu contrário. Imediatamente o homem foi libertado.
Essa estória nos mostra uma situação crítica, mas quantas vezes nos deparamos com situações onde não achamos uma saída? Quantas vezes escutamos em nosso intimo – mas o que você fez? E agora? Como vamos fazer para…? A solução sempre será enfrentar, buscar discernimento, ouvir e agir.
Espero que essa reflexão os auxiliem, pois, por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar e lutar até o último momento. Não desista de seus ideais, de sua missão, de seus sonhos. Portanto seja criativo! Quando tudo estiver aparentemente perdido, ouse!
Reflitam sobre isso e surpreendam como fez esse homem inspirado por Deus – os surpreenderam. Pensem nisso, muda tudo em sua vida.

Para você, como está a habilidade de relacionamento?

Quando falamos de carreira e ter uma posição bem-sucedida, pensamos em boa formação, ter inteligência, se sair bem das diversas situações, ter bons e saudáveis relacionamentos e ter argumentos para conseguir influenciar em diversos assuntos.
Dessa forma, uma das habilidades exigidas não se aprende ainda na universidade ou em cursos formais e técnicos que é saber transitar nas estruturas do poder.
E porque isso?
Para cada escalão, ou seja, para cada nível estrutural, seja familiar, social ou profissional que transitamos há uma linguagem, uma abordagem, uma temática específica para desenvolver.
O profissional precisa entender o cenário, mapear e estabelecer relacionamentos dentro dos ambientes para depois construir os relacionamentos, pois sem entender essa dinâmica, o relacionamento sozinho não funciona.
Precisamos nos aperfeiçoar nos relacionamentos, pois esse é o óleo da engrenagem, muitas coisas são resolvidas nas agendas sociais.
Para isso, o profissional precisa ser comunicativo, conhecer bem os processos que atua e ser versátil para aprender assuntos diversos.
Além dessas competências, uma atuação impecável também está no rol de exigências, o comportamento ético deve estar acima de qualquer suspeita.
O profissional deve ter não só comportamento perfeito, mas também ser reconhecido por isso.
Um bom profissional é aquele que é bombardeado de informações e que consegue construir para si pontos de vistas sobre os acontecimentos.
A curiosidade intelectual é ponto de fundamental atenção das empresas, pois o profissional que demonstra grande curiosidade intelectual, também demonstra proatividade para novos conhecimentos.
Essa relação para ser bem-sucedida inicia-se, por exemplo, na contratação do profissional, de um serviço ou de qualquer relação de parceria que possa acontecer.
Para que isso aconteça é muito importante que os ponteiros sejam ajustados desde o início, da relação de ambos os lados, para haver uma relação saudável e com o tempo não ocorram dúvidas e desgastes.
Muitas vezes, um dos pontos onde ocorre desgaste é a falta de transparência na relação e, para evitar isso, é importante começar corretamente os dois lados têm que ser claros em suas intenções.
Para ter um relacionamento claro desde o início é importante ter regras e procedimentos para determinar o que pode e o que não pode ser feito.
É importante também que o que precisa ser feito seja bem entendido e checado porque os entendimentos sobre a mesma coisa podem ser de forma diferente.
Muitas vezes não chegamos até o fim da conversa por achar que o outro já entendeu ou porque muitas vezes pela falta de tempo ou pela pressa do dia a dia achamos desnecessário e às situações ficam subentendidas e podem gerar problemas de comunicação.
A comunicação somente acontece se o outro entendeu e não somente quando falamos.
O fato de termos falado, não significa que o outro entendeu, por isso é muito importante checar o entendimento para ocorrer a garantia da efetiva comunicação.
E você, tem cuidado de seus relacionamentos?