O que acredito ser meu fim, a finalidade de minha existência?

Como tenho partilhado nesse espaço corporativo, tenho buscado escrever sobre o que acredito ser a essência da vida. Creio que tudo é “meio”, ou seja, meu estudo, meu trabalho, minhas atividades, meus compromissos. Esclarecendo um pouco melhor, o meio para obter uma boa colocação em meu trabalho é a dedicação de meu tempo em estudar, conhecer, inovar, etc. Como meio a obter uma remuneração justa é necessária dedicação, humildade, determinação, obediência, etc. Acredito que todos tem um “fim”, que é responsável pela nossa direção e bem maior. Sendo assim, qual é a minha direção, qual o meu norte, aquilo que justifica a minha existência?
Há alguns anos realizei uma experiência inesquecível que possibilitou me orientar com relação ao que estamos aqui partilhando. Nessa oportunidade tive a oportunidade de conhecer uma metodologia de orientação espiritual que confesso mudou a direção de minha vida. A atividade consistia em permanecer em silêncio por três dias em um Mosteiro, obtendo assim, uma experiência espiritual para leigos. Nessa ocasião o ápice desse encontro tratava do encontro pessoal com Deus. Foi uma oportunidade incrivelmente edificante que mudou a minha vida.
Foi nos apresentado como exercício a experiência de meditar a visão de Jesus Cristo com relação a tudo. Peço agora que vocês imaginem, como que, os quatro pontos cardeais ( norte, sul, leste e oeste) e no centro coloquem o nome de Jesus, ou seja, como Ele se relacionaria com essas condições.
Identifiquem então na posição norte, “Deus”, na posição leste “as pessoas”, na posição oeste “consigo mesmo” e na posição sul “as coisas”. Ou seja, considerando-se Sua presença em nosso meio, qual era a relação que Jesus mantinha com Deus, com as demais pessoas, consigo mesmo e com as coisas.
Jesus pelos escritos nos evangelhos tinha uma relação de filho com Deus, o chamando e tratando-O como Pai. A Presença de Deus era a sua espinha dorsal e demonstrou com Ele a confiança, humildade, respeito e amor Nele. A todo instante era mencionado a real e total dependência em Sua Vontade.
Enquanto em nosso meio, relacionava-se com outras pessoas e demonstrava respeito, carinho atenção, propiciando o conhecimento da Verdade, curando, libertando, orientando, ou seja, agindo e procedendo como um verdadeiro irmão. Também tinha cuidado consigo mesmo, buscando orientações com o Pai sobre o que fazer, cuidando em manifestar o Amor, bem como, a atenção consigo mesmo. Por outro lado, tinha uma relação com as coisas, não tendo a ocupação em “ter” as coisas e sim a “usá-las”. Exemplos disso são frequentes, na travessia dos mares (utilizando-se dos barcos), na utilização da sala na última ceia com os discípulos, na utilização do jumentinho para sua entrada em Jerusalém, etc.
Trata-se de um modelo exemplar de ocupação com seu tempo, de seu fim. Agora trago uma reflexão a vocês, olhando esses mesmos pontos: como você se relaciona com os mesmos tópicos? Como está sendo seu comportamento com cada figura desse gráfico? Quem é a sua espinha dorsal, a quem você realmente tem por Deus e verdadeiramente respeita e é obediente? Como você se relaciona com os outros? Como é seu relacionamento consigo mesmo? Qual é sua postura com relação com as coisas? Ou seja, quem está no topo de sua vida e é seu fim?
Reflita nesse momento quem ocupa o ponto mais alto e que merece toda a sua atenção. Medite sinceramente e busque verdadeiramente o seu fim. Esses minutos de silêncio mudarão a sua vida e creio que será vital para responder essa pergunta. Boa meditação, saúde, paz e sucesso nessa busca.

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