A importância de viver bem…

Recentemente fazendo uma visita ao Memorial Yad Vashem em Israel, dedicado à lembrança das vítimas judaicas do holocausto e observando a morte de mais seis milhões de pessoas, dentre estas aproximadamente um milhão e meio de crianças, que perderam suas vidas porque simplesmente eram de uma determinada religião, raça ou cultura, senti uma tristeza, um sentimento de desrespeito pela vida humana. Isto me confirmou que a diferença pode ser complementar ao outro ou ainda ser motivo de muita discórdia e ódio.
Essas pessoas não tiveram a opção de viver ou não viver, pois as vidas lhes foram tiradas. Diante desse momento de reflexão e tristeza, pensei que mesmo vivendo em uma outra época, podemos sim escolher em certa medida, o que fazer com a nossa própria vida.
Terminada a visita, uma guia turística judia que nasceu no Brasil e que a quarenta anos mora em Israel, apresentou um texto de Pablo Neruda, que retrata a valorização que devemos dar à nossa vida, e assim, pude pensar sobre a importância de vivermos bem.
Nesse texto, o autor retrata que morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, quem não arrisca vestir uma cor nova, quem não conversa com desconhecidos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não permite uma vez na vida, fugir de conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias se queixando de má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de inicia-lo, não tentando um assunto que desconhece ou não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não sabe se ajudar.
Trazendo para o mundo corporativo podemos refletir quantas vezes morremos lentamente querendo o cargo que é do outro, falando ou julgando a vida das pessoas com as quais trabalhamos, fazendo o que não gostamos e muitas vezes, trabalhando por anos naquela profissão que escolhemos no início de nossa carreira e que nunca foi muito bem o que queríamos fazer.
O que aprendi com essa experiência foi que a vida é curta e que vivemos plenamente quando com coerência, fazemos ou refazemos as escolhas que nos fazem felizes e que essa sabedoria é construída diariamente. Devemos refletir constantemente se o que fazemos é o que escolhemos, e com isso devemos evitar a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior, do que o simples o ato de respirar.
E você está vivo plenamente?

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