Os olhos e ouvidos da Alma. Você tem pensado nisto?

“Quando uma porta de felicidade fecha-se, outra se abre; mas muitas vezes, nós olhamos tão demoradamente para a porta fechada que não podemos ver aquela que se abriu diante de nós. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver.” Helen Keller.
Partilho aqui o texto de uma pessoa especial que se ocupa em trazer as estórias do cotidiano e assim possibilita reflexões muito oportunas.
Aqueles que dispõem da visão perfeita, com certeza não podem avaliar a preciosidade que é ter noção de espaço, distâncias, cores – tudo o que os olhos oferecem todos os dias. Por isso, ouvir o depoimento de uma senhora cega, que mora sozinha, é oportuno. Durante todo o inverno, Sueli ficou dentro de casa a maior parte do tempo. Naquele dia de inicio de primavera, a friagem amenizou e ela sentiu o perfume forte das flores. Seus ouvidos escutaram o canto insistente de um passarinho do lado de fora da janela. É como se a pequena ave a estivesse convidando a sair de casa. Preparou-se, tomou a bengala e saiu. Voltou o rosto para o sol, deu-lhe um sorriso de boas-vindas, agradecida pelo seu calor e a promessa do verão. Caminhando tranquila pela rua sem saída, escutou a voz da vizinha a lhe perguntar se não desejava uma carona. – Não, respondeu educadamente Sueli. – As minhas pernas descansaram o inverno inteiro. As juntas estão precisando ser lubrificadas e um passeio a pé me fará bem. Ao chegar à esquina ela esperou como era seu costume, que alguém se aproximasse e permitisse que ela o acompanhasse, quando o sinal ficasse verde. Os segundos pareceram uma eternidade. E ninguém aparecia. Nenhuma oferta de ajuda. Ela podia ouvir muito bem o ruído nervoso dos carros passando com rapidez, como se tivessem que conduzir os seus ocupantes a algum lugar, muito, muito depressa.
Por um momento, Sueli se sentiu só, desprotegida. Resolveu cantarolar uma melodia. Do fundo da memória, recordou-se de uma canção de boas-vindas à primavera, que havia aprendido na escola quando era criança. De repente, ela ouviu uma voz masculina forte e bem modulada. – Você me parece um ser humano muito alegre. Posso ter o prazer de sua companhia para atravessar a rua?
Sueli fez que sim com a cabeça, sorriu e murmurou ao mesmo tempo um “sim”. Delicadamente, ele segurou o braço dela. Enquanto atravessavam devagar, conversaram sobre o tempo e como era bom, afinal, estar vivo num dia daqueles.
Como andavam no mesmo passo, era difícil se saber quem era o guia e quem era o guiado. Mal haviam chegado ao outro lado da rua, ouviram as buzinas impacientes dos automóveis. Devia ser a mudança de sinal. Sueli se voltou para o cavalheiro, abriu a boca para agradecer pela ajuda e pela companhia.
Antes que pudesse dizer uma palavra, ele já estava falando: – Não sei se você percebe como é gratificante encontrar uma pessoa tão bem disposta para acompanhar um cego como eu, na travessia de uma rua movimentada.
Reflitam com atenção e carinho, vale a pena! Saúde e Paz a todos! Fraterno abraço.

Espaço Corporativo – A sublime arte de agir e reagir

Tive muitas oportunidades em observar as maneiras de agir e reagir, aprendendo em cada desafio a buscar o melhor e agregar valor à minha determinação profissional e pessoal. Certa vez um experiente gestor e executivo de muitas habilidades especiais de gestão, me contou uma estória interessante que agora compartilho nesse espaço corporativo. Disse-me que um gestor estava se desligando da empresa, sendo assim, chamou à sua sala um de seus principais colaboradores e disse-lhe “estou me desligando da empresa e gostaria de indicá-lo a permanecer na minha posição”.
Evidente que este colaborador ficou satisfeito pela indicação, mas após alguns minutos, disse ao seu superior “o senhor acredita que estou pronto a receber essa atribuição?”. O então gestor disse-lhe que sim. Temeroso o jovem disse que gostaria de obter algumas orientações importantes, para que tivesse sucesso em seu novo desafio de gerir a equipe.
O gestor em exercício disse-lhe “acredito que você atende aos requisitos necessários, porém deixarei três recomendações em caso de qualquer necessidade emergencial”. Curioso o jovem perguntou como obteria tal orientação. Então o gestor disse que lhe entregaria no dia de sua saída três envelopes lacrados.
Sendo assim, em seu último dia de trabalho, ao jovem foram disponibilizados os três envelopes. Disse-lhe então: “quando tiver alguma dificuldade abra cada envelope respeitando a sua sequência estabelecida (1,2 e 3)”. O jovem assumiu assim a gestão da equipe e por certo tempo teve certa tranquilidade. No entanto, após certo tempo teve sua primeira dificuldade. Lembrando-se das orientações recebidas, após ter buscado uma solução, sem sucesso, abriu o primeiro envelope.
O texto inserido nesse primeiro envelope dizia: “aconteça o que acontecer culpe o seu antecessor”. Sendo assim, o jovem assim o fez justificando momentaneamente as dificuldades observadas. Por algum tempo a situação se amenizou, porém a seguir novas dificuldades foram identificadas. Após tentativas em vão, recorreu ao segundo envelope que dizia: “faça um rodizio de funções entre as pessoas de sua equipe”. Mais uma vez, atendendo à recomendação de seu antecessor, realizou um rodízio entre os membros da equipe. A situação por algum tempo se pareceu apropriada, porem novos ruídos voltaram a se observar em sua gestão. Após certo tempo, observou que seria impossível continuar nesse modelo de gestão. Buscando então o terceiro envelope, observou a última recomendação “inicie a preparação dos três envelopes”.
A estória parece absurda, mas é muitas vezes observada em várias atividades e em muitas das corporações existentes. Por isso a questão tema de nosso artigo “como estou atuando na sublime arte de agir e reagir?”. É evidente que não podemos administrar aquilo que não conseguimos medir. Sendo assim, cada vez mais devemos observar nossos atos de ação e reação, para que possamos corrigir e ajustar a sintonia fina na obtenção dos objetivos esperados. Antes de tudo havemos de observar que temos a atividade importante de uma adequada seleção de talentos para assumir cargos de importância. Consequentemente a recomendação do primeiro envelope não soluciona o problema, uma vez que a solução não se encontra na identificação de culpados e sim na efetiva condução das dificuldades e seu resultado efetivo. Por sua vez, conforme recomendação do segundo envelope, o simples rodizio de funções não corrige as imperfeições e por muitas vezes mascaram o problema. A solução efetiva seria colocar as pessoas certas nas atividades certas, garantindo e possibilitando melhor desempenho e conformidade. Trata-se de uma ação fundamental para saúde e continuidade de uma empresa ou atividade.
Outro fator de extrema relevância trata da continuidade e contingência, uma vez que é extremamente saudável ter-se plano de sucessão e estratégia na continuidade nas operações e processos da empresa, bem como, a sua efetiva sustentabilidade.
O assunto pode ser amplamente discutido em grupos e creio que essa reflexão seja pertinente a todos porque podemos coloca-la em prática em nosso dia a dia, em nosso trabalho, em nossas famílias, em nossa comunidade. Por isso, reflitam “como estou atuando na sublime arte de agir e reagir”. Desejo saúde, sucesso e Paz a todos!

Análise de Valor

Há muitos anos venho aplicando a utilização dessa metodologia. É evidente que a tenho adaptado às inovações e novos conceitos, porém ela se mostra extremamente oportuna e valiosa.
Em tempos de dificuldades e necessidades de adaptações aos atuais cenários, se mostra eficiente se aplicada adequadamente.
Essa metodologia foi criada nos anos 50 pelo americano Lawrence Miles e consiste basicamente em decompor um produto ou serviço em suas funções principais propiciando em seguida, delinear as soluções mais apropriadas para aumento da produtividade, resultados mais expressivos, redução nos custos, etc. Esse conceito deu origem às noções de cadeia de valor intensamente buscada nos tempos atuais.
Iniciei a aplicação desse conceito nos anos 80 quando tive a oportunidade de avaliar negócios buscando maior efetividade nos produtos e serviços, como também possibilitar reduções sensíveis na cadeia de produção dos mesmos. Para exemplificar sua aplicação podemos usar um caso prático do dia a dia de qualquer um de nós.
Por exemplo, para o que serve uma caneta? Muitos diriam “serve para escrever”. Porém utilizando-se desse conceito, poderíamos afirmar que a caneta, a princípio, serve para “marcar o papel”. Sendo assim, poderíamos usar qualquer outro instrumento para marcar o papel, como, por exemplo, um pedaço de carvão, um giz de cera, etc.
Para que se tenha uma dimensão clara do que isso significa, podemos mencionar que quando da corrida espacial disputada entre americanos e russos, os Estados Unidos (USA), gastaram milhares de dólares para desenvolver uma caneta que escrevesse em local sem gravidade. Para essa mesma tarefa os russos levaram um simples lápis. Trata-se de um exemplo bem singular, mas acreditem, pensando da mesma forma, podemos aplicar para muitos outros exemplos.
Há alguns anos, tive a oportunidade de participar em uma multinacional, de um projeto envolvendo um produto consolidado que estava perdendo mercado ao seu concorrente menos expressivo. Depois de várias horas de análise, constatou-se que o produto que perdia mercado, era de excelente qualidade e durabilidade, mesmo assim o mercado se mostrava favorável ao concorrente menor em função do preço de venda.
Após análises e revisões, concluímos que o material utilizado pelo concorrente estava mais adequado ao produto, dando ao mesmo a durabilidade necessária ao seu tempo de vida. Resumindo, o tempo médio de uso do produto era normalmente de seis meses a um ano.
Por outro lado, o produto em análise da multinacional – líder de mercado provou em seu laboratório de qualidade, ter comprovado tecnicamente uma durabilidade de aproximadamente cinco anos.
Uma vez constatado esse fato, e tendo em vista que o produto não teria utilização pelo tempo certificado, a direção da empresa trocou a matéria prima utilizada ajustando-o à necessidade do produto em seu tempo de vida útil, e com isso, reduziu os custos mantendo-o adequado e ajustado. Consequentemente recuperou pelo novo preço praticado a garantia da permanência no topo do mercado.
Sempre que possível, busco em minhas revisões e planejamentos procurar realizar essa atividade tão importante. Não se aplica somente ao mundo corporativo e sim ao dia a dia de todos nós.
Essa análise se mostra extremamente necessária nos difíceis tempos atuais. Consiste em se descreverr o que se espera e aí determinar o que se necessita especificamente. Posso garantir que tem larga aplicação, se realizada de forma estruturada e disciplinada.
Trago aqui uma reflexão: Você tem realizado uma efetiva análise de valor quando tem uma necessidade a ser atendida? Você avalia todos os recursos necessários para atendimento dessa necessidade (produtos ou serviços)? Você tem buscado ajustar os valores a serem disponibilizados na obtenção dos objetivos traçados? Reflitam sobre isso, com certeza terão grandes soluções. Sucesso, saúde e paz a todos!

Poder e Autoridade

Refletindo o cotidiano de quem lidera e é liderado, realizei algumas observações relevantes que muitas vezes nos passam despercebidas. Aparentemente “poder” e “autoridade” poderiam ser sinônimos, porém possuem diferenças substanciais. Incentivando essa reflexão, podemos resumir a diferença nos conceitos com um exemplo clássico. Poderíamos resumir assim: “Poder” é quando uma pessoa exige algo se considerando em uma posição hierárquica superior, por exemplo, “faça isso assim porque se não for assim, tomarei outras medidas”. Por outro lado, autoridade é quando se toma uma posição semelhante a: “temos algo a ser solucionado, como você acredita que podemos solucionar?”. É verdade que é necessário usar os dois conceitos, mas acredito que seria prudente buscar um claro discernimento para então, utilizá-los adequadamente.
Vendo assim parece simples, mas acredito que no dia a dia, muitos se esbarram nessa questão e muitas vezes cometem atitudes que prejudicam o resultado final. Isso não acontece somente no ambiente corporativo e sim também em nossos lares, nossa comunidade, nossos relacionamentos.
A história nos esclarece em vários momentos, essa realidade. Gosto muito de espelhar pessoas e fatos e assim propiciar um melhor entendimento e clareza. Creio que seria possível afirmar que Jesus usava de Poder e Autoridade de forma plena e soberana. Por exemplo, Ele possuía poder para curar, libertar as pessoas, orientar, enfatizando sempre ser o caminho, a verdade e a vida. Isso por si só mostrava Seu poder. Por outro lado, por muitas vezes usou de autoridade para então contribuir na solução da dificuldade das pessoas. É evidente que Ele já conhecia a necessidade de cada um, mesmo antes das pessoas se manifestarem, porém, sempre ao iniciar um diálogo dizia: “Que queres que te faça? Acredita que eu possa te ajudar? Isso seria um exemplo cristalino de Autoridade.
Acredito que Ele agia assim para permitir que as pessoas se empenhassem na solução e participassem juntos. Não podemos deixar de enfatizar aqui, que Ele tinha conhecimento e habilidades de como deveria ser feito e qual seria o melhor caminho, resultado e efetivamente o que seria melhor. Simples assim, como sempre….
Traduzindo ao nosso dia a dia, temos que buscar o discernimento para aplicar a melhor solução, lembrando que precisamos também conhecer a melhor forma de se concluir o que se faz necessário. Por exemplo, se eu acompanho uma atividade devo conhecer bem os processos, mitigar os riscos, avaliar as melhores práticas a serem aplicadas, etc, etc. Por outro lado, temos que com sabedoria utilizar o poder que está inserido na posição que se ocupa. Pode ser um chefe, um pai, etc.
Essa simples reflexão pode contribuir a muitos de nós. Aproveitem para meditar sobre isso e principalmente colocar em prática. Vale a pena pensar e avaliar, como estou lidando com o poder e autoridade? Sucesso, saúde e paz a todos. Fraterno abraço.

Como me conduzir e ser conduzido?

Gostaria de iniciar esse texto com algumas perguntas relevantes. Quais são as pessoas que te influenciam? Quais são as crenças e comportamentos que transmitem? Como e quando essa pessoa teve influência sobre seus comportamentos e soluções?
Estamos vivenciando momentos onde muitas verdades estão vindo a tona. Tantos casos de corrupção, de falta de caráter, ausência de respeito, condutas duvidosas e causadoras de grande dolo. Estamos passando o país a limpo e muita imperfeição tem subido à tona.
Peço que vocês observem e respondam as perguntas acima do ponto de vista de pessoas que transmitem o bem e nos motivam a praticar o bem. Sendo assim, quem me vem ao pensamento quando medito as pessoas que me influenciam positivamente? Quais são os comportamentos que eles me transmitem? Quando essa pessoa exerceu sobre mim uma influência decisiva sobre meus comportamentos e tomadas de decisão?
Paralelo ao texto acima, pode-se afirmar que aprendemos a liderar deixando-nos liderar? Eu acredito que sim, aprendemos a liderar melhor quando nos deixamos liderar. Nosso processo de aprendizagem passa pela experiência de lançar olhar para as próprias feridas, ou seja, minhas próprias falhas e fraquezas. Creio que devemos aprender a conviver adequadamente com os pontos fortes e fracos.
A maneira mais apropriada para progredir é aprender com as próprias experiências. Observo que muitos profissionais lideram muitas pessoas por anos a fio, porém, poucos se deixam liderar por alguém. Pode-se dizer que isso é uma falta de responsabilidade, pois muitos conduzem os outros, mas não se deixam conduzir.
Podemos refletir então que aprendemos melhor a conduzir quando nos deixamos conduzir. Quando exercemos a auto experiência, quando nos tornamos capaz de curar as próprias chagas e consequentemente a dos outros. Em outras palavras, quando permitimos confrontar os próprios problemas antes de resolvermos os problemas dos outros. E como podemos experimentar?
O ato de liderar consiste no encontro de pelo menos duas pessoas em plena condição de pessoa humana. Tratar-se do olho no olho. Essa comunicação possui dois aspectos extremamente importantes (conteúdo e relação). São pontos vitais no ato de liderança. Esse exercício consiste basicamente em dois verbos de ação (escutar e perguntar). A escuta deve ser ativa e atenciosa. Por outro lado a pergunta conduz essa comunicação. A qualidade das respostas está intimamente ligada à qualidade das perguntas. Podemos dizer que o que nos move não são as respostas e sim as perguntas.
Descrevemos acima que através de nossas experiências projetamos a nossa liderança. Podemos mencionar como exemplo Moisés do Antigo Testamento. Ele foi um típico líder que conduziu seu povo da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida. Em consonância com o que estamos partilhando, Moisés de início aprendeu a liderar passando pela experiência da própria fraqueza e mais adiante aprendeu a dividir as responsabilidades com várias pessoas.
Sendo assim, Moisés não foi um líder nato, mas assumiu uma tarefa de liderança a partir de sua profunda autoconsciência. Por outro lado, muitos homens que ocupam uma posição elevada em empresas consideram-se líderes natos, porém, muitas vezes passam por cima de seus colaboradores. Isso compromete o processo de liderança e causa impactos na produtividade e resultados.
Pode-se afirmar então que, lideres como Moisés, depois de terem experimentado a sua própria fraqueza, passaram a exercer sua liderança com mais cuidado. Em outras palavras, passam a ter um olhar para a necessidade dos colaboradores, reconhecendo melhor o que é importante.
Espero que esse texto possibilite responder as questões aqui propostas. Que propicie uma reflexão sobre a forma e impacto na prática de seu ato de liderar. Pense nisso, saúde e paz a todos.

Como estou agindo sendo liderado?

Em continuidade ao que estamos partilhando nesse espaço corporativo, iremos descrever os aspectos relevantes quanto ao processo importantíssimo de sermos liderados. Nos artigos anteriores descrevemos os princípios e comportamentos pertinentes a liderança de outras pessoas e a liderança de si próprio. O tema de hoje é tão importante quanto aos mencionados anteriormente e merece nossa reflexão
Como sou enquanto liderado? É evidente que conscientemente percebemos e aceitamos aquilo que nos influencia. Como estou agindo então com relação ao fato de ser liderado? Acredito que tenho que decidir “por que” e “por quem” estou me deixando influenciar e assim deixando-me levar. Tenho a convicção que liderar e ser liderado condiciona-se e consequentemente completam-se constituindo um todo. Como já dissemos nesse espaço corporativo, tudo é interdependente.
Por diversas formas somos liderados, ou seja, por todas as pessoas com quem temos alguma relação, reconhecendo que nessa relação somos influenciados pela outra parte. Somos também liderados pelos valores que interiorizamos (crenças e conceitos de vida). Podemos dizer também que somos liderados pelas disposições do destino que nos vem de encontro, bem como, pelas pessoas a quem nos submetemos conscientemente. Vejam que o universo é bastante amplo e carece de reflexões no sentido de aprimorar essa liderança em nós. Cabe aqui salientar com ênfase as atitudes profundamente espirituais, que muitas vezes nos são apresentadas em nosso dia a dia. Porém, no universo humano podemos considerar que somos conduzidos de maneira intensa por pessoas com os quais estabelecemos uma relação autêntica (colegas, amigos, pais, filhos, colaboradores).
É fundamental saber ser conduzido conscientemente. Por isso avaliem, por quem e por que estou sendo influenciado e liderado? Olhe-se no espelho e busque essa resposta extremamente necessária. Temos que ter coragem de tentar coisas novas, sair da zona de conforto e assumir o risco do fracasso e do mau êxito superando nossos próprios limites. Somente quando temos coragem de arriscar é que caminhamos em direção a novas metas que nos impomos conscientemente.
É vital saber quem irá orientar e por quem se deixar conduzir e influenciar. Isso muda tudo. Pense muito nisso, quem me está orientando? Quem me tem conduzido e influenciado? Acredito que somos responsáveis não apenas pela maneira como somos conduzidos, mas também pela maneira como nos deixamos liderar.
Bem, partilhamos experiências com ênfase nos âmbitos de liderança cada uma com seu foco e aplicação, porém pudemos avaliar o quanto é importante lidar com cada tipo de liderança. Como é necessário sabermos nos auto liderar, como é importante sermos verdadeiros lideres e inspirar as pessoas a serem produtivas e determinadas em suas atividades e, sobretudo como estamos sendo liderados. Acredito que tudo é interdependente e temos que ter essa certeza. Nesse momento, reflitam por que e por quem estou sendo influenciado e liderado? Olhando no espelho, estou sendo conduzido conscientemente? Boa reflexão, saúde e paz a todos!

Como estou desenvolvendo a minha própria liderança?

É evidente a necessidade de obtermos orientação em tudo àquilo que praticamos. É extremamente importante termos ao nosso lado pessoas experientes que nos ajudem a lidar e entender os desafios a serem enfrentados. Para isso a pessoa de um “mentor” é de grande importância e valor. Porém, é necessário também lidarmos com a liderança de nós mesmos, em primeiro plano. Isso garante o sucesso para atendermos os desafios em grupo. É fundamental desempenharmos a própria liderança. Podemos, portanto entender que a capacidade de se auto liderar constitui a condição básica para liderar os outros. A auto liderança, inclui então a maneira de lidarmos com o tempo e sua organização de forma a estar orientado aos reais valores e melhorias contínuas. Em síntese, saber se conduzir é o caminho para a personalidade de um líder para que tenha credibilidade e aceitação.
Podemos considerar que os verdadeiros comportamentos e hábitos, bem como, sentimentos, valores e crenças são objetos do trabalho de si próprio. O desenvolvimento da personalidade é desenvolvido através da disciplina. Essa disciplina é a arte de sempre sermos felizes. Uma pessoa feliz impõe-se a si mesma, objetivos exigentes e trabalha de forma disciplinada. O simples fato de atingir os objetivos a remete à sensação de se sentir feliz. Uma profunda satisfação interior acompanha a pessoa no caminho de uma meta. Esta experiência a impulsiona a seguir em frente.
Podemos dizer que as pessoas gostam se seguir outro alguém, quando sentem que esta pessoa anda um pouco à sua frente. Sabemos que os mais eficientes instrumentos de liderança são a irradiação e a função de modelo. Sendo assim, a liderança está associada com a condução da própria pessoa, ou seja, lidero assim como eu sou. O desenvolvimento de minha própria pessoa é a verdadeira tarefa na vida, por isso, a dimensão mais profunda da liderança.
Por sua vez o desenvolvimento da liderança passa pelo processo do desenvolvimento da consciência. Técnicas e recursos de liderança utilizada atualmente são importantes como instrumentos, porém, é extremamente importante uma nova atitude interior, de uma nova consciência a partir da qual colocamos em prática essas técnicas e recursos. O indispensável processo de aprendizagem ocorre no plano espiritual como desenvolvimento da consciência. Os velhos métodos espirituais de treinamento podem se constituir em grande ajuda. Podemos citar uma frase de São Bento sobre ser “sábio” – “alguém que é capaz de sentir o próprio sabor, de degustar a si próprio, alguém que se conciliou consigo mesmo e com a história de sua própria vida”.
Essa é uma tarefa que dura a vida inteira, estamos em construção. Compreendo que conquistamos a sabedoria quando observamos exatamente nossas emoções e necessidades. Os monges beneditinos desenvolveram um método próprio para se ocuparem com os próprios pensamentos. A condição atribuída por eles era não atribuir valor a suas ideias e sentimentos e sim a principio, as contemplar, procurando saber o que elas queriam lhes dizer, e então refletir como trata-las.
Podermos refletir com profundidade a partir do momento que nos permitimos experimentar essas emoções e necessidades, avaliando e considerando como tratar os desafios de nosso dia a dia. Por isso, acredito ser muito importante buscar a própria liderança e assim poder liderar com propriedade aqueles que como parceiros estão nessa mesma jornada de aprendizados e conquistas. Pense nisso, como você está se liderando? Como você está se posicionando com relação às demais pessoas que estão ao seu redor e que se espelham em ti? Sucesso, saúde e paz.

O que acredito ser meu fim, a finalidade de minha existência?

Como tenho partilhado nesse espaço corporativo, tenho buscado escrever sobre o que acredito ser a essência da vida. Creio que tudo é “meio”, ou seja, meu estudo, meu trabalho, minhas atividades, meus compromissos. Esclarecendo um pouco melhor, o meio para obter uma boa colocação em meu trabalho é a dedicação de meu tempo em estudar, conhecer, inovar, etc. Como meio a obter uma remuneração justa é necessária dedicação, humildade, determinação, obediência, etc. Acredito que todos tem um “fim”, que é responsável pela nossa direção e bem maior. Sendo assim, qual é a minha direção, qual o meu norte, aquilo que justifica a minha existência?
Há alguns anos realizei uma experiência inesquecível que possibilitou me orientar com relação ao que estamos aqui partilhando. Nessa oportunidade tive a oportunidade de conhecer uma metodologia de orientação espiritual que confesso mudou a direção de minha vida. A atividade consistia em permanecer em silêncio por três dias em um Mosteiro, obtendo assim, uma experiência espiritual para leigos. Nessa ocasião o ápice desse encontro tratava do encontro pessoal com Deus. Foi uma oportunidade incrivelmente edificante que mudou a minha vida.
Foi nos apresentado como exercício a experiência de meditar a visão de Jesus Cristo com relação a tudo. Peço agora que vocês imaginem, como que, os quatro pontos cardeais ( norte, sul, leste e oeste) e no centro coloquem o nome de Jesus, ou seja, como Ele se relacionaria com essas condições.
Identifiquem então na posição norte, “Deus”, na posição leste “as pessoas”, na posição oeste “consigo mesmo” e na posição sul “as coisas”. Ou seja, considerando-se Sua presença em nosso meio, qual era a relação que Jesus mantinha com Deus, com as demais pessoas, consigo mesmo e com as coisas.
Jesus pelos escritos nos evangelhos tinha uma relação de filho com Deus, o chamando e tratando-O como Pai. A Presença de Deus era a sua espinha dorsal e demonstrou com Ele a confiança, humildade, respeito e amor Nele. A todo instante era mencionado a real e total dependência em Sua Vontade.
Enquanto em nosso meio, relacionava-se com outras pessoas e demonstrava respeito, carinho atenção, propiciando o conhecimento da Verdade, curando, libertando, orientando, ou seja, agindo e procedendo como um verdadeiro irmão. Também tinha cuidado consigo mesmo, buscando orientações com o Pai sobre o que fazer, cuidando em manifestar o Amor, bem como, a atenção consigo mesmo. Por outro lado, tinha uma relação com as coisas, não tendo a ocupação em “ter” as coisas e sim a “usá-las”. Exemplos disso são frequentes, na travessia dos mares (utilizando-se dos barcos), na utilização da sala na última ceia com os discípulos, na utilização do jumentinho para sua entrada em Jerusalém, etc.
Trata-se de um modelo exemplar de ocupação com seu tempo, de seu fim. Agora trago uma reflexão a vocês, olhando esses mesmos pontos: como você se relaciona com os mesmos tópicos? Como está sendo seu comportamento com cada figura desse gráfico? Quem é a sua espinha dorsal, a quem você realmente tem por Deus e verdadeiramente respeita e é obediente? Como você se relaciona com os outros? Como é seu relacionamento consigo mesmo? Qual é sua postura com relação com as coisas? Ou seja, quem está no topo de sua vida e é seu fim?
Reflita nesse momento quem ocupa o ponto mais alto e que merece toda a sua atenção. Medite sinceramente e busque verdadeiramente o seu fim. Esses minutos de silêncio mudarão a sua vida e creio que será vital para responder essa pergunta. Boa meditação, saúde, paz e sucesso nessa busca.

Como estou atuando em minhas ações?

Continuamos a atravessar momentos difíceis. Nessa semana tivemos a constatação através das mídias em geral, quanto a triste realidade de nosso país. Estamos enfrentando momentos críticos, turbulentos, onde o reflexo é generalizado. Altos níveis de desemprego, desvios e faltas de recursos em geral, ausência de perspectivas, desânimo, incertezas, enfim, estamos colhendo o resultado de escolhas muitas vezes não tratadas de forma adequada. Todos estão se adaptando a essa grande transformação e buscando alcançar tempos melhores e mais abundantes. Estamos em construção, cada um de nós deve se conscientizar disso. Nada acontece por acaso e acredito que se faz necessário, para que possamos evoluir e crescer. As lições aprendidas até então, nos ajuda e ajudará a melhorar nossas atitudes, nossas ações efetivas.
Costurando tudo o que temos conversando nesse espaço corporativo, podemos hoje refletir sobre nossas atitudes com relação ao contexto do que estamos experimentando e evoluindo. Como estou atuando em minhas ações? Como estou me posicionando em relação a tudo e a todos à minha volta? Parece simples, mas tenho observado que muitos estão se posicionando de forma equivocada. Creio ser necessária a conscientização de nossos comportamentos, possibilitando melhorar nossas relações e resultados.
Com tantas atividades diárias, tantas obrigações, temos que nos posicionar satisfatoriamente e buscar o melhor em todos os sentidos. Aprendi que temos três opções a seguir e temos que ter consciência efetiva sobre isso e as praticar, frequentemente. Creia, isso ocorre constantemente e temos que ter toda a atenção em todo tempo.
Muitas vezes temos a tendência a nos colocar na posição de “salvador”, ou seja, somente nós poderíamos resolver essa situação. Trata-se de uma atitude muito nobre, mas de difícil realização, uma vez que é praticamente impossível fazermos tudo sozinho. Como disse anteriormente, somos interdependentes e sendo assim dependemos um do outro. Ou seja, deve haver bom senso para que não assumamos um papel muito maior do que poderíamos assumir ou que tirássemos a oportunidade de outros se envolverem para também possibilitar o sucesso nessas situações. Essa opção é estressante e convenhamos dizer, praticamente impossível. Sendo assim, tomemos a atenção ao pensar em agir dessa maneira. Devemos nos ocupar em permitir que todos estejam envolvidos nela,
Do outro lado, encontramos a posição de “vítima”, ou seja, muitas vezes buscamos justificar o que foi ou está sendo realizado. Aprendi que nessas situações, temos que nos posicionar de forma positiva e estudar a busca de soluções efetivas. Como diz um antigo ditado “se a vida lhe der um limão faça uma limonada”. Conta-se que um respeitável empresário, no início de sua carreira, teve um fracasso inicial em seu negócio. Sendo assim, admitiu o erro cometido e pensou o que poderia fazer para reverter a situação. Aceitando seu erro, corrigiu o que havia dado errado e conseguiu recuperar o negócio, crescendo muito a seguir.
Agora gostaria de refletir com vocês a condição central que mencionei acima. Entendo que essa é a melhor de todas e a mais gratificante. Trata-se do “servir”. Nessa condição exercemos a autoridade e nos colocamos a serviço para que tudo seja feito da melhor maneira possível, possibilitando que todos possam ser tocados por essa atitude e ajam da mesma forma.
Tenho consciência de que não escrevi nada novo, mas acredito que muitos de nós nos esquecemos disso em nosso dia a dia. Sendo assim, como estou me posicionando quanto às minhas ações e atitudes? Vale a pena refletir, saúde e paz a todos.

Como enfrentar as dificuldades?

No texto anterior compartilhamos o que consideramos ser o mais importante, o que nos motiva a acordar a cada manhã, quais são nossos verdadeiros valores. Pudemos avaliar então, o resultado de nossas escolhas, quanto ao que consideramos mais importante. Agora gostaria de partilhar com vocês, também o resultado e valor de uma atitude sensata, bem orientada e com certeza muito valiosa em momentos de extrema necessidade.
Acredito que não exista nada mais valioso que a vida concedida por Deus. Essa vida está e deve estar alicerçada pelos princípios que nos orientam e nos mantem vivos, em verdade. Como você agiria em situação extrema para garantia de sua vida? Como sempre, gostaria de compartilhar uma estória, ou antiga lenda, que com certeza poderá nos auxiliar a uma resposta.
Diz uma antiga lenda, que em uma cidade de grande porte na idade média, um homem muito honesto e temente a Deus, foi injustamente acusado pelo assassinato de uma mulher. Na verdade o responsável por essa morte seria uma pessoa influente que desde o primeiro momento, procurou esquivar-se da verdade, procurando assim, alguém que seria o bode expiatório e assim acobertar o verdadeiro assassino.
Esse homem injustamente levado a julgamento foi condenado à forca. Em seu íntimo ele sabia que tudo seria feiro para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo dessa história. Conta-se inclusive, que o juiz estava determinado por outros interesses, a efetivamente levar o pobre homem à morte. Esse juiz determinado à condenação simulou então um suposto julgamento “justo” para manter as aparências, fazendo uma proposta ao acusado, para que provasse a sua inocência.
Imagine-se nessa situação e reflita. O que você faria?
Disse então o juiz – Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar a sua sorte nas mãos de Deus. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra “inocente” e no outro papel a palavra “culpado”. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o seu veredito. O Senhor Deus decidirá seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado e os presentes percebessem, o juiz separou os dois papeis, mas em ambos escreveu a palavra “culpado”, de maneira que naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da morte pela forca.
Constata-se então que, não havia saída, não havia alternativas, para aquele pobre homem. A morte o esperava.
Permita-se agora se colocar no lugar daquele inocente homem condenado. Sem chances de se esquivar, de provar sua inocência, de manter a sua vida. O que faria diante dessa situação crítica e caótica?
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e diante dos presentes ao julgamento, mandou o acusado escolher.
Imaginem o que se passou na mente dessa pessoa. O filme que se passou naqueles poucos segundos, de sua vida honesta, sua família, seus sonhos?
Pois bem, orientado por suas convicções e no que acreditava, pressentindo uma intensa vibração, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papeis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude daquele homem dizendo – Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual o seu veredito?
Disse o homem temente a Deus – É muito fácil, basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberão que acabei engolindo o seu contrário. Imediatamente o homem foi libertado.
Essa estória nos mostra uma situação crítica, mas quantas vezes nos deparamos com situações onde não achamos uma saída? Quantas vezes escutamos em nosso intimo – mas o que você fez? E agora? Como vamos fazer para…? A solução sempre será enfrentar, buscar discernimento, ouvir e agir.
Espero que essa reflexão os auxiliem, pois, por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar e lutar até o último momento. Não desista de seus ideais, de sua missão, de seus sonhos. Portanto seja criativo! Quando tudo estiver aparentemente perdido, ouse!
Reflitam sobre isso e surpreendam como fez esse homem inspirado por Deus – os surpreenderam. Pensem nisso, muda tudo em sua vida.