As novas velhas empresas – você conhece alguma?

A profusão de dados transforma-se, necessariamente, em informações de negócio? O ritmo alucinante das informações propicia, efetivamente, conhecimento empresarial? Será que todas as empresas estão seguindo o fluxo de mudanças que o mundo contemporâneo impõe a todos nós? O que os livros recentes de Administração preconizam sempre podem ser aplicados nos negócios?
Por vezes a aflição gera problemas. Tenho acompanhado, na prática, inúmeras organizações, de diversos portes e culturas organizacionais distintas, fazendo algumas loucuras para implantar recomendações e teorias que não surtiram resultados positivos práticos.
Assim, acabo concluindo que é insano pensar em soluções estratégicas (ou de marketing) de vanguarda em instituições que ainda não conseguem controlar, de maneira efetiva, o fluxo de caixa, o controle de estoques, a distribuição de produtos, os custos de produção. Análises relativamente simples de gestão de portfólio de produtos (e/ou serviços), de precificação adequada, de posicionamento da empresa (e, evidentemente, da marca), na gestão de pessoas e de informações também oferecem grandes oportunidades de negócio ainda não aproveitadas.
Pairam sempre modismos a incomodar empreendedores, diretores e gerentes. Tem-se a impressão de que estamos sempre correndo atrás da modernidade. E estamos – só que, muitas vezes, exageramos e acabamos investindo prematuramente em novos processos (ou tecnologias) sem preparar as pessoas e a estrutura da empresa para aproveitar adequadamente estes grandes avanços.
E o que fazer diante desta avalanche de “avanços administrativos, tecnológicos, mercadológicos”?
A experiência tem me indicado um caminho que gostaria de compartilhar – embora reconheça que cada situação é uma situação única, que deve ser devidamente analisada. O que me parece evidente é que sair implantando novas soluções sem um protocolo de análise é extremamente perigoso. Afinal de contas, não estamos em tempos de desperdícios (principalmente de caixa e de tempo).
O começo de tudo pode ser facilitado enormemente com uma lista de verificação (checklist) que permita a avaliação dos principais aspectos de gestão de pessoas, financeiros, administrativos, mercadológicos, comerciais, operacionais, tecnológicos e corporativos da organização. Tal medida permite aferir o grau de maturidade de cada um destes aspectos.
Após esta avaliação, pode-se determinar se existem pontos básicos de aprimoramento a serem solucionados antes da implantação de processos, infraestrutura ou tecnologia revolucionários. Em trabalhos de consultoria presenciei várias situações de investimentos e custos evitados simplesmente aplicando uma avaliação sincera que propiciasse reflexão e tomada de decisão mais sensata. Da mesma forma, quando novas soluções são implantadas após eliminar (ou minimizar) defasagens os resultados alcançados são muito próximos dos resultados esperados. Em alguns casos, os resultados excedem as expectativas.
Você, caro leitor, tem alguma opinião sobre o assunto? Já enfrentou (ou vem enfrentando) situações parecidas? Concorda ou discorda com estas pequenas reflexões? Entre em contato via e-mail para gerarmos novos artigos sobre o tema.

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