Minha empresa está em Recuperação Judicial: e agora?

Recuperação Judicial? Pois é. Empresas que passam grandes dificuldades para honrar seus compromissos financeiros precisam enfrentar esta etapa dolorosa de ajuste. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação de uma crise econômico-financeira da empresa, para que a mesma possa manter sua produção, seus colaboradores. Ao mesmo tempo, visa propiciar um acordo oficial com os credores da organização promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
O que se observa no mercado brasileiro é que empresas em estado “pré Recuperação Judicial” – ou mesmo em Recuperação Judicial (RJ) – raramente conseguem desenvolver as melhorias administrativas, operacionais e jurídicas que promovam condições reais para a recuperação efetiva do negócio. A mera postergação de pagamentos, obtidos pelo plano de recuperação oficial junto aos credores, não resolve as causas que motivaram as dificuldades financeiras “de raiz”.
Esta constatação explica o baixíssimo índice de recuperação das empresas pós RJ. “De acordo com o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e presidente do Inre, Carlos Henrique Abrão, aponta que a quantidade de empresas que efetivamente saíram da recuperação e voltaram a operar normalmente chega a 5%” (Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2015).
A superação desta fase de ajuste vai depender, em grande parte, do aprimoramento das práticas de negócios, da otimização dos custos e despesas, do pragmatismo aplicado à gestão de caixa. Ao mesmo tempo, a empresa deve efetivar estratégias inovadoras, posicionando-se adequadamente no mercado, desenvolvendo produtos alinhados ao público alvo. A gestão comercial precisa estar alinhada ao posicionamento mercadológico, estabelecendo a cobertura do mercado com os canais de distribuição indicados, caso a caso, que promovam a maximização na geração do caixa. Contar com as pessoas certas em todas as funções da organização, com a formação requerida e com atitudes alinhadas à Missão, Visão e Valores Corporativos.
Não se trata, portanto, apenas da renegociação de prazos de pagamento, de deságios nos valores devidos, de aportes de capital. Se os paradigmas básicos de atuação não passarem por minucioso diagnóstico e realinhamento de acordo com o ambiente concorrencial onde a empresa atua, tudo será em vão.
Para isto, a organização deve contar com uma equipe de consultoria e assessoria que atue de modo eficaz e eficiente em processos de trabalho, estruturação, gestão estratégica, mercadológica e comercial, finanças e gestão do caixa, gestão de pessoas e gestão jurídica. De modo integrado e totalmente alinhado com a Diretoria e Gerências da empresa.

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