Crise: convém respeitar, jamais temer

A palavra crise carrega inúmeros significados. Trata-se de uma palavra muito pesada, carregada de emoções e pensamentos negativos, frutos de experiências pouco agradáveis. A crise provoca, a princípio, medo, insegurança e imobilização. Arrastamos, muitas vezes, os efeitos das crises que enfrentamos em nossas mentes. Nossos modelos mentais ficam contaminados pelos traumas que as crises causaram. O pior de tudo é que transmitimos estas cicatrizes psíquicas para as gerações posteriores.
Hoje vivemos uma crise que contempla aspectos políticos, econômicos e sociais, em âmbito nacional e global. O volume e a velocidade com que recebemos as informações agravam os efeitos desta crise em nosso dia-a-dia.
A crise requer respeito, planejamento, serenidade, atenção e disciplina. Precisamos saber conviver com as crises, pois elas são cíclicas e recorrentes. Ciclos de crescimento econômico intenso são seguidos por algum tipo de crise – basta observar a história.
No entanto, crises são, antes de tudo, mudanças ambientais. Nas crises, há negócios que quebram e outros que prosperam. Os hábitos de consumo se alteram, as prioridades de compra passam a ser compatíveis com os novos cenários.
Desta forma, pode-se chegar a algumas conclusões importantes, tais como:
a) Empresas e pessoas estão sempre expostas às intempéries dos contextos econômicos, sociais, tecnológicos, geográficos, demográficos, políticos e legais, tanto no Brasil quanto no planeta.
b) Crises e ciclos de crescimento apresentam riscos e oportunidades para todos.
c) É fundamental observar atentamente as características de cada cenário para compreender como deve-se atuar em cada situação.
d) É possivel crescer na crise. É possível falir em situações de crescimento econômico intenso.
e) Sem planejamento e planos de ação fica muito difícil prosperar, seja qual for o cenário.
f) É preciso colocar em ação, de forma pragmática e rigorosa, tudo aquilo que for planejado. Um bom planejamento , por si só, não garante prosperidade.
g) É imprescindível observar continuamente as mudanças relevantes do ambiente fora da empresa, já citados no item a) e, a partir destas mudanças, atualizar o planejamento.

Com o tempo conclui-se que é preciso respeitar a crise (da mesma forma que é preciso respeitar, continuamente, o ambiente de negócios). E que temer a crise é temer a vida.
A decisão a ser tomada, portanto, é aprender (ou não aprender) a viver – e compreender, definitivamente, que riscos e oportunidades aprimoram a nossa capacidade de planejar e agir.

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