O controle de caixa de uma pessoa (ou de uma empresa) é fator essencial para o desenvolvimento. Obviamente, outros controles e análises também são fundamentais para que possamos exercer nossa missão pessoal e/ou institucional na sociedade.
No entanto, o controle exemplar de entradas e saídas dos recursos financeiros assemelha-se ao mecanismo regulador do fluxo sanguíneno no corpo humano – que irriga todos os sistemas vitais para que o indivíduo possa viver e realizar, para crescer com saúde, para contribuir positivamente com os serviços e produtos que ele tem condições de entregar.
O que temos observado em nossas atividades como Consultor e Coach em Finanças? Existe uma tendência instalada em alguns de nós que impede de encararmos a realidade financeira de frente. Trata-se de uma mistura de medo e orgulho próprio, fruto de crenças limitantes e comportamentos reativos,
Tais comportamentos são observáveis também nos consultórios médicos, quando pacientes custam a admitir a existência de uma doença e, consequentemente, geram resistências para encarar os tratamentos cabíveis.
As consequências da falta de atitude são bem conhecidas: ao invés de realizar os procedimentos curativos com tranquilidade precisamos, muitas vezes, da realização de ações invasivas, radicais e alto risco.
A experiência e o bom senso mostram que o melhor caminho é enfrentar, de peito aberto, a situação (por mais atemorizante que ela possa parecer). A importância da realização de um diagnóstico claro e preciso pode evitar consequências desastrosas, agravadas pela demora e pelo medo.
Na prática, encarar de frente os problemas de caixa passam por alguns fatores indispensáveis de análise tais como: a) considerar todas as saídas de caixa (não deixar de incluir todo e qualquer desembolso contratado ou previsto), b) adotar uma atitude conservadora ao realizar previsões de entradas de caixa e, c) identificar, com detalhes, a situação de empréstimos e financiamentos realizados, as taxas de juros envolvidas, as parcelas atrasadas e as possibilidades de negociações em cada caso.
É altamente recomendável tomar cuidado nos descontos de títulos/duplicatas a receber (as taxas podem enganar os mais despreparados), na captacão de novos recursos e em concessão de rebaixamentos exagerados nos preços de vendas de produtos e serviços (inviabilizando os negócios por falta de margem bruta/líquida nas operações).
Tudo isto requer coragem. Aliás, a vida não é viável sem esta coragem, não é mesmo?
Mensagem final: por pior que possa parecer, toda situação é possível de ser revertida – desde que o tratamento seja feito a tempo.
Controle de Caixa e o medo de encarar a realidade
Adicionar a favoritos link permanente.