O início do ano possibilita uma reflexão quanto aos caminhos a serem perseguidos e uma avaliação das lições aprendidas no ano que se passou. Nesse espaço corporativo, partilhamos experiências com o tempo, a percepção do óbvio, a importância dos valores como confiança e transparência, a importância de uma apropriada gestão, como ser produtivo e acima de tudo ser feliz. Creio que é pertinente agora, com base nos desafios que se apresentam, dispensar um tempo saudável para avaliar o atual momento. Onde eu estou? Para onde quero ir? Como menciono sempre, o que vamos conversar aqui não se aplica somente ao mundo dos negócios e sim, se aplica à nossa vida pessoal, nossa vida familiar, em nossa comunidade, etc. Há algum tempo escrevi aqui o funcionamento de um GPS (aplicativo para deslocamentos). A partir do momento que estabelecemos aonde queremos ir, o aplicativo identifica nossa localização e assim traça o melhor percurso de acordo com nossas preferências e recursos (a pé, estradas principais ou secundária, menor percurso, com ou sem pedágios, etc). Com certeza muitos de nós utilizamos dessa tecnologia. É importante salientar que temos um destino final pré-estabelecido, porém são nos detalhes de cada percurso, que podemos avaliar a situação do caminho ao nosso redor, as situações de trânsito, os acidentes ocorridos, etc. Agora vamos traçar um paralelo com o tema que escolhemos.
Como planejar 2017? No início do ano – o que planejo fazer durante esse ano? (a isso podemos chamar de planejamento estratégico). Durante o decorrer do ano – como estou gerenciando aquilo que planejei? (a isso chamamos de planejamento tático) e diariamente – como estou executando as minhas ações? (a isso chamamos planejamento operacional). Perceberam a semelhança ao sistema GPS que mencionei acima?
Necessitamos para tanto, criar e permitir uma cultura de resultados, possibilitando transformar estratégia em metas. Li recentemente uma definição interessante sobre cultura. Cultura é algo que se faz quando ninguém está olhando, ou seja, ela é fruto do exercício de valores e princípios verdadeiros muito bem enraizados. Resultados expressivos são derivados de gestão, transparência e engajamento de pessoas. Transparência é fazer a informação relevante circular dentro de uma organização ou junto aos interessados, através de diferentes canais de comunicação, para que as pessoas envolvidas possam consumir e desfrutar dessa informação. Cabe aqui salientar, que os gestores jamais devem ocultar de seus colaboradores, o momento atual por que passa a organização, sejam momentos bons ou ruins e que é no exercício da verdade, que se devem ser praticados todos os dias.
Paralelamente, o engajamento é preciso e precioso, pois a cultura só vai se desenvolver se houver aderência e participação efetiva de todos. Evidente que, o compromisso das pessoas é o fator mais importante e que talvez seja o mais difícil de construir.
Existem diversas formas de planejar e controlar, mas é imprescindível traduzir a estratégia em ação. Pesquisas revelam que quando os principais gestores se envolvem na execução das estratégias, a gestão de resultados se mostra muito mais efetiva. Como pré-requisito de sucesso, recomendamos a criação de equipes de liderança devidamente alinhadas à estratégia estabelecida. Em outras palavras, reunir pessoas certas nos processos certos e existir níveis de integração e habilidades.
Compartilhar a estratégia é fundamental. Para tanto se deve criar um sistema essencial de opinião (feedback). É fator de sucesso, alinhar recompensas e sistemas de reconhecimento à execução da estratégia. Isso porque as pessoas gostam de saber quais papéis individuais devem exercer para fazer a diferença.
Como mencionamos em artigos anteriores é recomendado o desdobramento das metas, permitindo atrelar o objetivo esperado às metas necessárias para obtenção daquele objetivo. Determinar uma meta a cada nível hierárquico é muito saudável e contribui para melhoria nos resultados. Em linhas gerais, é realizar o desdobramento de metas à partir do estratégico chegando até ao operacional.
Cabe aqui salientar a importância do monitoramento constante. Podemos associar esse monitoramento a uma biópsia, onde existe a possibilidade de corrigir as coisas enquanto acontecem e evitar um mal maior.
É evidente a necessidade de divulgação desses resultados de forma a construir um forte alinhamento com a estratégia, permitir a comunicação efetiva durante todo gerenciamento e disponibilizar instrumentos que permitam o engajamento das pessoas.
Em resumo, objetivos geram estratégias que por sua vez geram metas. Metas são como medicações, requerem dosagem cuidadosa, considerações quanto aos efeitos colaterais e necessita de efetiva e próxima supervisão e gerenciamento.
Vale a pena pensar no assunto. Você já está pensando na sua estratégia para 2017? Qual será o plano tático para que tudo dê certo no final desse ano? Como está planejando suas ações para que tudo seja feito da melhor forma possível? 2017 chegou…
Como posso planejar 2017?
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